Agenda do Clima Dia 9: propostas em debate no nono dia da COP30

    Prosseguimos na segunda semana de debates e propostas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(COP30), em Belém(PA), iniciada dia 10 de Novembro, até o dia 21 deste mês, propondo iniciativas para conter o aumento da temperatura média do planeta em um alerta para a urgência em reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

    Além de líderes mundiais, cientistas e organizações não governamentais, representantes da sociedade civil e empresas verdes inovadoras também participam do esforço de colaboração para que a temperatura média do planeta não ultrapasse os 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme acordo firmado em 2015.

    Os povos e terras indígenas continuaram em pauta hoje, com o Ministério dos Povos Indígenas apresentando o projeto PNAGTI, falando sobre Justiça Climática e sobre a importância da gestão ambiental e demarcação de Terras Indígenas no Brasil. O Ministério também debateu o tema dos Territórios Vivos e seus futuros possíveis, apresentando estratégias indígenas de adaptação às mudanças do clima. A Coordinadora de las Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazónica apresentou, em espanhol, o debate Propuestas climáticas de los Pueblos Indigenas Amazónicos.

    A florestas continuaram em destaque neste 18/11, com a Petrobrás apresentando o projeto ProFloresta+, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima falando sobre a avanço global do compromisso à ação rumo ao Desmatamento Zero, e instituição re.green falando sobre remoções de carbono baseadas na natureza e a nova economia da floresta passando da promessa à escala. O MMA também falou sobre os resultados e desafios da fiscalização ambiental em ação no combate ao desmatamento ilegal. O Greenpeace enfatizou a urgência de agir pelas florestas e propôs a discussão sobre como acabar com o desmatamento e a degradação florestal globalmente até 2030, e a Indústria Brasileira de Árvores apontou a Restauração Florestal e Silvicultura de Nativas como a próxima fronteira para o clima e a Biodiversidade.

    O Banco Nacional do Desenvolvimento fez um balanço dos resultados do Fundo Amazônia e sua importância na sociobioeconomia amazônica, enquanto o MMA debateu as práticas e saberes da conservação ambiental na Amazônia dos povos e comunidades tradicionais.

    As comunidades tradicionais também foram mencionadas em debates conduzidos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, sobre regularização fundiária de territórios de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) como enfrentamento ao desmatamento e às mudanças climáticas e sobre políticas públicas baseadas em saberes desses povos e comunidades na proteção social e adaptação de sistemas alimentares e modos de vida.

    O MMA apresentou a Agenda Restaura Brasil, conectando convenções, com impacto nas pessoas e na natureza, enquanto o CentroClima/COPPE/UFRJ avaliou os impactos macroconômicos e sociais da NDC, rumo a uma transição justa no Brasil, relacionando Plano Clima, mitigação e Nova NDC. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo propôs o modelo cooperativo (PSA) como impulsionador da agenda climática no Brasil, e a Suzano analizou origem e impacto para clima, natureza e pessoas na Cadeia de Valor.

    O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável propôs plataformas de soluções para a Transição Climática do compromisso à implementação e o Ministério da Justiça e Segurança Pública propôs uma reparação judicial que pode polêmica, de acordo com sua regulamentação, com o uso social de bens apreendidos pra reconstrução de territórios. O Engajamundo falou sobre a importância histórica do ativismo jovem e socioambiental na luta pelos direitos humanos e da natureza no Brasil, e a Plant-for-the-Planet Foundation ressaltou a importância de tornar as NDCs sensíveis à crianças e jovens.

    E a importância dos oceanos foi lembrada pelo MMA, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e pela empresa Petrobrás, debates sobre a cultura oceânica e conhecimento e inovação para o futuro dos oceanos. O MMA apresentou a proposta bilíngue, em inglês e português, Making Waves from Belem to COP31 sobre o impulsionamento de soluções climáticas baseadas no oceano.

    Confira a tabela com a programação informando os horários e auditórios onde serão apresentadas as propostas do Dia 10 nas Zona Verde e Zona Azul.


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