Agenda do Clima Dia 1: propostas em debate no primeiro dia da COP30

    À partir de amanhã, 10 de Novembro, até o dia 21 deste mês,  Belém(PA) sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(COP30), discutindo iniciativas para conter o aumento da temperatura média do planeta, alertando para a urgência em reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

    Entre líderes mundiais, cientistas e organizações não governamentais, representantes da sociedade civil e empresas verdes inovadoras também podem e devem ser incluídos no esforço de colaboração para que a temperatura média do planeta não ultrapasse os 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme acordo assinado em 2015.

    Em seu primeiro dia, a COP30 apresentará propostas, levadas pelas instituições e representantes participantes para as ações do Plano Clima, com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) falando sobre sua implementação, trazendo em pauta a Governança Climática.

    Ainda focados na responsabilidade do poder público, a Bancada do Clima ressalta a importância da conscientização do poder legislativo para a definição de leis específicas de regulamentação liderando a adaptação climática urbana, e o Ministério da Fazenda aponta a necessidade da existência de instrumentos financeiros regulatórios, enfatizando o papel da Economia Circular para a transformação ecológica.

    A questão climática encontra um grande desafio nos cada vez mais populados centros urbanos e as soluções passam tanto pelo planejamento urbano quanto pela adaptação das estruturas já existentes; Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos propõe fortalecer a capacidade estatal para acelerar o desenvolvimento de forma sustentável, enquanto o Ministério das Cidades e o MMA discutem como se dará a implementação da adaptação climática nas cidades objetivando a transformação de Cidades Verdes Resilientes para o enfrentamento calor urbano.

    A contribuição de uma infraestrutura resiliente da rede de transporte visando para a adaptação climática, principalmente nas cidades é foco do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico/MIDR lembra sobre os desafios da escassez hídrica, pedindo a integração da variável climática ao Índice de Segurança Hídrica.

    A Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional quer mobilizar a sociedade civil como aliada no enfrentamento à crise climática nas cidades, prevendo o cenário otimista de passar das urgências para as alternativas.

    Isso deve incluir também empreendedores, e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo pede transparência nos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e sua integração com estratégias empresariais de neutralidade climática, defendendo como a medição pode ser um instrumento aliado à ação climática.

    Em um mundo cada vez mais informatizado a automatizado, o Instituto de Defesa de Consumidores propõe conciliar os impactos socioambientais e climáticos com a agenda tecnológica da COP30, destacando o papel dos Data Centers (centros de dados).

    Com um título mencionando 'Créditos de Carbono', o que pode levar a uma interpretação errônea em uma leitura superficial, o Instituto Caminhos Sustentáveis não parece estar falando de compensação com a proposta 'Créditos de Carbono da Reciclagem' mas sim da gestão adequada de resíduos como meio para descarbonizar a economia.

    Motivo pelo qual o Brasil foi sede da COP este ano, o papel da biodiversidade na adaptação às mudanças climáticas é discutido em proposta do Instituto Estadual do Ambiente, por meio de soluções baseadas na natureza.

    Confira a tabela com a programação informando os horários e auditórios onde serão apresentadas as propostas do Dia 1 nas Zona Verde e Zona Azul.




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