Agenda do Clima Dia 6: propostas em debate no sexto dia da COP30

    Caminhamos para o sexto dia de debates e propostas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(COP30), em Belém(PA), que iniciou dia 10 de Novembro e vai até o dia 21 deste mês, discutindo iniciativas para conter o aumento da temperatura média do planeta e alertando para a urgência em reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

    Entre líderes mundiais, cientistas e organizações não governamentais, representantes da sociedade civil e empresas verdes inovadoras também participam do esforço de colaboração para que a temperatura média do planeta não ultrapasse os 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme acordo assinado em 2015.

    Continuando os temas que predominaram no dia de ontem, as propostas de ontem e hoje concentraram-se nos setores de finanças,  transportes, indústria e energia. 

    Nas propostas apresentadas hoje incluindo o setor financeiro, foram discutidos finanças sustentáveis, financiamentos, filantropia e taxonomia. O Ministério da Fazenda e o Banco Santander relacionaram Taxonomia a sustentabilidade, como o ministério propondo Finanças Sustentáveis para a Transformação Ecológica através do EcoInvest, e o Santander posicionando a Taxonomia Sustentável como uma ponte entre o Capital Global e as empresas. 

    Entre os defensores do financiamento climático estão a Oxfam Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento, a Associação de Municípios e Meio Ambiente, e o Instituto Escolhas, enquanto o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) apresenta os dados climáticos do Censo GIFE incluindo o papel e lugar da filantropia no financiamento climático no Brasil. A Oxfam Brasil defende o caminho do financiamento para implementação das NDCs e promoção de justiça climática, e Associação de Municípios e Meio Ambiente relaciona financiamento e capacitação para fortalecer os Municípios para a Agenda Climática. 

    O Banco Nacional do Desenvolvimento apresentou um modelo de financiamento climático para países em desenvolvimento, o Fundo Clima, demonstrando seu potencial de escalabilidade. O Instituto Escolhas debateu os desafios e oportunidades do papel dos bancos de desenvolvimento e do orçamento público no financiamento climático para a transformação ecológica brasileira.

    A descarbonização da indústria continuou em debate, com o lançamento da Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial (ENDI) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo apresentou os desafios e oportunidades para a Cooperação Sul–Sul na meta de Descarbonização até 2050 e a Associação Brasileira de Cimento Portland apresentou o Roadmap Net Zero da Indústria do Cimento Brasileira. 

    Em relação aos combustíveis, a Petrobrás discutiu o papel da descarbonização na indústria de óleo e gás para a redução global de emissões e a Copersucar apresentou os corredores verdes de Biometano no Brasil, com a Biorota.

    O debate sobre a descarbonização dos transportes prosseguiu com força no dia de hoje, com o Ministério dos Transportes e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima falando sobre os desafios da agenda climática na infraestrutura de transporte. O papel do aprendizado foi destacado pelos dois órgãos, com o MMA relatando o exemplo das experiências internacionais na gestão socioambiental de grandes obras de infraestrutura de transporte em áreas ambientalmente sensíveis. A Confederação Nacional do Transporte apresentou múltiplas soluções para a Descarbonização do Transporte e a Petrobrás falou sobre a Transição Energética nos transportes. O Setor Aéreo foi citado pela primeira vez durante o evento, com a LATAM Airlines Brasil relatando a jornada do ProBioQAV à Descarbonização do setor.

    A questão energética, incluindo energias renováveis e transição energética, também permaneceu em pauta, com o Ministério de Minas e Energia destacando o Brasil como potência energética e lançando oficialmente e internacionalmente a nova política brasileira para energia, Brazil Energy Policy Review, a Eletrobras propondo resiliência no setor elétrico como resposta às mudanças climáticas e a Itaipú Binacional apresentando as soluções inovadoras para as Matrizes Energéticas como caminho para passar do potencial à ação. No contexto Amazônico, a Prefeitura de Abaetetuba apresentou proposta de soluções inovadoras para clima e energia.

    No plano geral da agenda climática, a Organização das Cooperativas Brasileiraspropôs o modelo cooperativo PSA para impulsionar a agenda climática no Brasil. O Ministério da Fazenda apresentou os resultados para um novo Brasil após dois anos de Plano de Transformação Ecológica e propôs inovação nas universidades brasileiras, através da conexão entre universidades e empresas visando a Transformação Ecológica. A Câmara dos Deputados discorreu sobre os avanços e desafios na implementação de Políticas Climáticas no Brasil, tendo como foco o parlamento como vetor da Ação Climática, e a Prefeitura de Cubatão relatou as experiências locais rumo a indústrias sustentáveis, na recuperação ambiental e transição industrial.

    Com isso termina a primeira semana da COP30 e o dia encerra com a Presidência da COP30 fazendo o balanço desta primeira semana.

    Confira a tabela com a programação informando os horários e auditórios onde serão apresentadas as propostas do Dia 8 do evento nas Zona Verde e Zona Azul.



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